Sempre que posso ouço este programa, gosto do formato, dos seus convidados, do tom descontraído. Este fim-de-semana Ela esteve à conversa com Serge Tréfaut, o realizador que recentemente estreou nos cinemas o documentário Lisboetas (apesar do documentário ser de 2004 e já ter ganho um prémio do IndieLisboa em 2004). Quem me chamou à atenção do programa desta semana foi a minha irmã, dizia-me que tinha ouvido Roberto Carlos na Radar (segundo a Inês, a primeira vez que passou na Radar), falava-me num imigrante que trabalhava num talho mas que uma vez por semana ia ao matadouro...despertou a minha curiosidade. Serge Tréfaut, nasceu no brasil, estudou em Paris e, neste momento, escolhe Lisboa para viver e trabalhar. Para além de saber que, pelo menos em 2004, fez parte da direccção do festival Doclisboa, já vi um outro seu documentário, Fleurette (Portugal, 2002 (?), Betacam Digital, 80’). Um filme muito interessante onde ele tenta perceber, conhecer mais sobre a sua mãe e a vida dela (se tiverem oportunidade de o ver, não percam). Desde aí, e desde que o vi no doclisboa que gosto de saber o que é que ele anda a fazer. No programa, ele falou na sua visão de Lisboa, das cenas cortadas ao documentário, etc. Foi interessante. Pena que a Radar não siga o exemplo da BBCradio, ou mesmo da TSF: nos sites respectivos é possível ouvir programas antigos.
Hoje vou ver o Lisboetas.
2 comentários:
Ahhhh, então foi por isso que o foste ver :) eu também ouvi o programa (quando chegavamos a Lisboa), porque também sou fã, e também achei mto interessante... as coisas que ele vê em Lisboa que nos passam ao lado... e adorei a explicação dele para a nossa tristeza :) tem a haver com o facto de termos passado tanto anos oprimidos pelo regime salazarista, sem liberdade de expressão e sem possibilidade de instrução. Para além disso, as nossas relações estão cheias de formalismos e barreias e isso torna-nos mais distantes e frios (não sei se foram estas as palavras exactas deles).
E outra coisa gira, é que ele disse que a coisa que lhe fez mais impressão quando chegou a Lisboa pela primeira vez (salvo erro em 74), foi o facto dos carros serem todos pretos e brancos, faltava-lhe a cor a que ele se tinha habituado no Brasil :)
Também acho importante referir que ele é meio-português do lado do pai porque a maior parte das pessoas acha que ele é estrangeiro.
fui ver o filme por várias razões: por ser dele, por ele ser quem é e ter feito o que fez, por ser sobre lisboa, por ser sobre imigração, por já ter combinado a semana passada ir ver, etc
Sim, sim, o programa costuma ser muito bom e este fds n foi excepção. Também gostei quando ele deu a sua opinião sobre o sentimento piedade e quando ele disse que não vem do cinema mas sim da música, o que o faz mover é a música. Adorei quando ele disse que os músicos favoritos dele são o Roberto Carlos e o Puccini :)
Apesar de ter ficado com vontade de ficar a conhecer melhor as vidas daqueles "personagens", de querer ver as diferenças entre etnias em Portugal, de achar que ele ficou demasiadamente observador, gostei bastante. E até me vieram as lágrimas aos olhos ao ver colocarem o bebé em cima da mãe.
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